A CBF só vê possibilidade de conversa em setembro ou outubro
Por Vittoria Fialho
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| O estado de Pernambuco segue com medidas restritivas. (Foto: Divulgação/Sport) |
Mesmo em meio a uma pandemia, o retorno do público aos estádios volta e meia é pautado no futebol brasileiro. Diante da presença de público na final da Copa América e o anúncio da Conmbebol da liberação de torcedores na Libertadores e Sul-Americana, clubes de alguns estados do Brasil têm se movimentado a volta da torcida. No entanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), de acordo com informações do colunista Rodrigo Mattos, do UOL, só vê possibilidade de conversa em setembro ou outubro.
Mas a atual negativa da CBF não tem sido suficiente para cessar as tentativas de algumas equipes brasileiras. É o caso do Flamengo, que há algum tempo reivindica o retorno da torcida ao estádio. Único dos grandes do Rio de Janeiro a se manifestar favorável à volta do público, o Rubro-Negro carioca esbarra no veto da prefeitura, que leva em consideração as imagens de aglomeração e problemas de falsificação de exames da covid-19 durante a última Copa América. Por isso, o Flamengo considera levar a partida contra o Defensa y Justicia, pelas oitavas da Libertadores, para Brasília, onde o Governo do Distrito Federal trabalha para acatar a ideia. O confronto acontece no dia 21 deste mês.
Ainda no Sudeste, na última quinta-feira o Governo de Minas Gerais autorizou o retorno do público aos estádios dentro da 'onda verde' do programa Minas Consciente, plano que orienta a retomada das atividades econômicas no estado. No entanto, a medida só será colocada em prática com a anuência da Federação Mineira de Futebol (FMF), além da CBF, que ainda não se manifestou sobre. A capital Belo Horizonte, por estar estar na fase vermelha, não pode receber jogos com torcida.
No Sul, Internacional e Grêmio estudam a questão junto aos governos locais. A dupla Gre-Nal discute projeto que tramita na Câmara dos Vereadores de Porto Alegre, o qual defende a ocupação de 25% da capacidade do estádio. A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul é contra o retorno de imediato. O estado, inclusive, foi um dos três do país que registrou mais de 100 mortes no dia de ontem. Com 107 óbitos em 24h, o RS ficou atrás do Paraná, com 248, e de São Paulo, que somou 640.
No Nordeste, Ceará e Fortaleza, junto à Federação Cearense de Futebol (FCF), vêm se movimentando para viabilizar a presença de torcedores no Clássico-Rei da 14º rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. E não é a primeira vez que os clubes cearenses buscam a liberação do público. Houve uma tentativa em maio deste ano, para a final do Campeonato Cearense, em partida única, mas não existiu liberação. A informação foi divulgada pelo Esportes O POVO.
À época, os rivais cearenses se basearam no que se desenhou no Maranhão: quando o governo deu sinal verde para o primeiro jogo da final do Campeonato Maranhense entre Sampaio Corrêa e Moto Club, em uma espécie de evento-teste, que contaria com até seis mil espectadores nas arquibancadas do Estádio do Castelão. Porém, a decisão foi revista.
Em meio aos pedidos de retorno da torcida aos estádios, a principal pauta deve seguir sendo o cenário da covid-19 nos estados e municípios do Brasil. Apesar da queda na média móvel de mortes nos últimos três dias, indicada em dados divulgados do consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de saúde, a vigilância quanto ao avanço da vacinação é primordial para o andamento de discussões como o reencontro do futebol com o torcedor.
PERNAMBUCO
No recorte estadual, Pernambuco, no entanto, não apresenta novidades quanto ao assunto. Em contato com a equipe do Esportes DP, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, comentou sobre a tecnologia de acesso ao estádio, uma espécie de validação das pessoas vacinadas, feita há mais de um ano, mas reiterou que segue aguardando a liberação do Governo do Estado.
A declaração de Evandro Carvalho foi reforçada por Rochelli Dantas, parte da comunicação da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco. Em contato com a reportagem, disse que o Governo não recebeu nenhuma nova informação de avanço do Comitê de Enfrentamento à covid.
O estado de Pernambuco segue com medidas restritivas, apesar do movimento de flexibilização. No mais recente boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), ontem (13), Pernambuco registrou 2.290 novos casos e mais 35 óbitos em decorrência da Covid-19.
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