sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Vice-artilheiro da Série A2, volante Douglas quer coroar a boa fase com o acesso do Petrolina

O Petrolina tem um artilheiro improvável na Série A2 do Campeonato Pernambucano. Volante de 26 anos com passagem por times como Serra Talhada e Belo Jardim, Douglas tem sido o homem-gol da Fera Sertaneja. Ele é o vice-artilheiro da competição, com cinco tentos marcados, dois a menos do que o atacante Daniel, do Centro Limoeirense, rival do Petrolina na decisão da segundona. O jogador conta que nunca tinha vivido um momento como esse na carreira.
O volante Douglas é o artilheiro do Petrolina na Série A2 — Foto: Reprodução / TV Grande RioO volante Douglas é o artilheiro do Petrolina na Série A2 — Foto: Reprodução / TV Grande Rio
O volante Douglas é o artilheiro do Petrolina na Série A2 — Foto: Reprodução / TV Grande Rio
– Já passei por vários times, mas é a primeira vez que acontece isso comigo. Já passei por vários times e Deus está me honrando, estou podendo ajudar minha equipe e, graças a Deus, sendo artilheiro da minha equipe. É uma sensação muito boa. Você se sente confiante pra tudo.
A primeira partida da final da Série A2 terminou empata por 1 a 1. O gol do Petrolina foi marcado justamente por Douglas. Neste domingo, para ficar com o título a Fera Sertaneja precisa vencer no tempo normal. Novo empate, leva a decisão para os pênaltis. Além de sair do estádio com o título e o acesso para a primeira divisão, o volante goleador também está de olho na artilharia do torneio.
– Enquanto tiver chances, brigarei pela artilharia. Se Deus quiser, domingo, se eu tiver oportunidade de gols, vou fazer o meu melhor. Mas, se não conseguir a artilharia, o que vale é o acesso e ser campeão.
Douglas e o técnico Pedro Manta já trabalharam juntos em outras equipes. O treinador destaca o espírito de superação do volante.
– É um jogador que a gente trabalha com ele por algumas temporadas. Já levei pro Serra, Belo Jardim. É um menino sofrido na vida, perdeu a mãe hás uns três meses, superou e é um menino que tem ajudado muito a gente, assim como todo o grupo. Tem qualidade e Deus queira que ele tenha sucesso na carreira.
Segundo jogador, a confiança para o jogo de domingo está grande. Ele diz que o Petrolina tem que saber usar as armas que tem para ficar com o acesso.
– Estamos confiante para esse último jogo. Sabemos que não vai ser um jogo fácil, temos que saber jogar com a equipe do Centro. É uma equipe boa, bem postada, mas sabemos de nossas qualidades e temos que usar nossa forçam, que é o campo, a nossa torcida e, principalmente, esse sol que é abençoado por Deus. Temos que saber usar as armas que temos – diz o jogador, que pode conquistar o segundo acesso na carreira. O primeiro foi no campeonato piauiense, com o Comercial de Campo Maior.
A partida entre Petrolina e Centro Limoeirense vai ser no estádio Paulo de Souza Coelho, às 16h. Você pode acompahar tudo, em Tempo Real, no GloboEsporte.com.

Por Emerson Rocha — Petrolina

Pedro Manta elogia o Petrolina e convoca a torcida para a decisão contra o Centro Limoeirense

O Petrolina conseguiu arrancar um empate aos 48 do segundo tempo, na primeira partida da final do Campeonato Pernambucano da Série A2, contra o Centro Limoeirense. O resultado de 1 a 1 deixa a disputa pelo título e da vaga na elite do futebol de Pernambucano em aberto. Domingo, às 16h, as equipes voltam a se enfrentar, agora no estádio Paulo de Souza Coelho, em Petrolina.
Pedro Manta espera crescimento do Petrolina na Série A2 — Foto: Reprodução / TV Grande RioPedro Manta espera crescimento do Petrolina na Série A2 — Foto: Reprodução / TV Grande Rio
Pedro Manta espera crescimento do Petrolina na Série A2 — Foto: Reprodução / TV Grande Rio
O técnico Pedro Manta fez uma análise do jogo. O treinador do Petrolina elogiou a vontade do time durante a partida e lembrou que a Fera Sertaneja ainda não ganhou nada.
– No primeiro tempo a gente entrou um pouquinho desfocado no jogo, no segundo tempo tivemos outro procedimento. Tomamos o gol em uma cochilada, tivemos chances de fazer um ou dois gols, bola na trave, uma situação que a gente achou que poderia ter sido pênalti, mas o grupo superou bem. Chegamos ao gol no final do jogo, já no acréscimo, mas merecíamos até a vitória. Foi um jogo complicado, difícil, onde a força predominou a técnica. Muita força e nosso grupo teve essa consciência de usar a força na hora certa. O gol de Douglas, já no acréscimo, na raça dele que ganhou na dividida e no bate e volta a bola entrou. Parabenizar o grupo pela entrega, determinação. Todos da comissão, a diretoria, a galera toda.
De acordo com Pedro Manta, o time do Petrolina teve que se adaptar as características do gramado do estádio José Vereda, em Limoeiro.
– Foi aquele jogo atípico, bola dividida o tempo todo, primeira bola, segunda bola. O campo tem a característica da bola viva e o adversário com qualidade também. Eles trabalham muito essa situação de jogo e a gente sabia que ia ser dessa forma. A primeira e a segunda bola seriam evidenciadas, por conta da característica do campo duro, da bola viva. Vamos dizer assim: o time deles estava mais doutrinado, mais treinado para essa situação de jogo. A bola aérea defensiva e ofensiva seriam o detalhe do jogo. Treinamos bastante também.
Centro Limoeirense e Petrolina empataram por 1 a 1 na primeira partida da final — Foto: Lucas de SennaCentro Limoeirense e Petrolina empataram por 1 a 1 na primeira partida da final — Foto: Lucas de Senna
Centro Limoeirense e Petrolina empataram por 1 a 1 na primeira partida da final — Foto: Lucas de Senna
Para conquistar o título, o Petrolina precisa vencer o Centro Limoeirense. Se a partida terminar empatada, a decisão será na disputa de pênaltis. Pedro Manta convocou a torcida da Fera Sertaneja para o jogo de domingo.
- O empate fora de casa no primeiro mata-mata é importante, mas não ganhamos nada. Agora é recupera, após essa viagem desgastante. Recuperar hoje, quinta-feira, e trabalhar para que a gente possa fazer um grande jogo domingo, em casa, com o apoio do nosso torcedor, é fundamental para que a gente possa buscar esse acesso. Pé no chão, humildade. Continuamos comendo essa papa pela beirada pra gente fechar com chave de outo no domingo com o apoio do torcedor, da nossa cidade, todo mundo chegando junto, motivando o grupo, os atletas que são guerreiros e que sempre entraram em campo determinados, entendendo a minha leitura de treinamento. Espero que a gente tenha um público muito bom no domingo e, com a vontade de Deus, fazendo por onde, a gente consiga esse acesso.

Por Emerson Rocha — Petrolina

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Definida arbitragem para final da Série A2

Em audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira (31), a Comissão Estadual de Arbitragem de Pernambuco (Ceaf-PE) divulgou os árbitros que irão apitar a final do Campeonato Pernambucano Série A2/2018, neste domingo (04), no estádio Paulo Coelho, em Petrolina.

 Jogo: Petrolina x Centro Limoeirense

Árbitro: Tiago Nascimento

Árbitro Assistente Nº 1: Clóvis Amaral

Árbitro Assistente Nº 2: Marcelino Castro

Quarto Árbitro: Kleber Duarte

Por Assessoria FPF

Petrolina arranca empate no fim contra Centro em decisão da A2 do Pernambucano

Partida levou bom público ao José Vareda, em Limoeiro — Foto: Lucas de Senna

Centro Limoeirense e Petrolina empataram na primeira partida pela decisão da vaga na elite do futebol pernambucano em 2019. O placar de 1 a 1 no estádio José Vareda, nesta quarta-feira, deixa tudo aberto para o duelo de volta, domingo, às 16h, no estádio Paulo Coelho.

Dono da casa, o Centro abriu o placar com Renan, aos 14 minutos do segundo tempo, e perdeu chances de ampliar. Sem se render, o Petrolina buscou o empate aos 49, com Douglas.

Como não existe critério de desempate de gol qualificado, um novo empate na segunda partida leva a decisão para os pênaltis. Quem vencer, passa para a Série A1.

Por GloboEsporte.com — Recife


quarta-feira, 31 de outubro de 2018

DECISÃO MANTIDA!

Por 4 votos a 3, o TJD/PE decidiu rejeitar a denúncia do Decisão e a paralisação do campeonato, com isso, a final será disputada entre Centro e Petrolina, com o primeiro jogo a ser desputado amanhã no José Vareda. Ao Decisão, cabe recorrer ao STJD, o que, no cenário atual parece bem improvável.

Trabalhador rural, artilheiro da Série A2 do PE sonha melhorar vida da família

O glamour da elite do futebol mundial leva a crer que fama e fortuna são parte da rotina de todos os jogadores. Nada mais falso. Longe dos holofotes dos grandes centros, a absoluta maioria dos atletas luta para sobreviver e prosperar no meio. Daniel Passira, atacante do Centro Limoeirense, é o exemplo disso. Artilheiro da segunda divisão do Campeonato Pernambucano, ele se divide entre a bola e o trabalho na roça. Enquanto não está fazendo gols, trabalha em fazendas da zona rural de Passira, cidade do Agreste de Pernambuco. É entre as lavouras e as linhas do campo que Daniel sonha com o Olimpo da bola ao qual poucos têm acesso. Mas o grande desejo dele nem é tão ambicioso assim: é se firmar como jogador para dar vida melhor à família.
"Ficar rico, eu não sei. É muito difícil. Mas estou batalhando muito para viver do futebol e poder ajudar minha família. Minha mãe, que está aposentada, e meus irmãos. Todos eles conseguem viver, têm suas casas, mas eu queria dar uma condição melhor."
Daniel adotou o nome da cidade natal para se diferenciar — Foto: Rômulo AlcoforadoDaniel adotou o nome da cidade natal para se diferenciar — Foto: Rômulo Alcoforado
Daniel adotou o nome da cidade natal para se diferenciar — Foto: Rômulo Alcoforado
Daniel pode dar um passo inicial mas importante em direção ao objetivo nesta quarta e neste domingo, quando sua equipe enfrenta o Petrolina pela final da competição. Quem vencer, passa para a primeira divisão do futebol pernambucano. O atacante, com sete gols em nove jogos, é o artilheiro da A2 e principal nome do Centro, em cuja história quer escrever uma página.

- Essa conquista seria muito importante. Entrava na história. Para o clube e para a gente. Onde você for no meio do futebol pernambucano, o povo fala sobre essas conquistas e conhece os jogadores. Queira ou não queira, é algo importante pra gente e abre portas.
Para estar perto de abrir essa porta, no entanto, Daniel teve de ralar muito. Não só no campo de futebol. Nascido e criado no distrito de Bengalas, da cidade de Passira pela qual é conhecido, o atacante habituou-se desde cedo ao trabalho pesado na lavoura.
"Desde os oito anos que trabalho com isso. Faço tudo. Planto, colho, limpo "carreira de mato". Ainda hoje, quando estou de folga, vou lá no sítio ajudar minha mãe e minha família."
Quando está de folga do time, Daniel ainda trabalha nas plantações da região — Foto: Rômulo AlcoforadoQuando está de folga do time, Daniel ainda trabalha nas plantações da região — Foto: Rômulo Alcoforado
Quando está de folga do time, Daniel ainda trabalha nas plantações da região — Foto: Rômulo Alcoforado
Filho de uma filha de cinco irmãos, Daniel tanto trabalhava na pequena propriedade da família para agricultura de subsistência quanto para fazendas maiores, que lhe pagavam diárias de cerca de R$ 35. Conheceu todo o tipo de cultura: milho, alface, tomate e feijão.
Mas o que Daniel queria mesmo era outra coisa.
"Mãe não entende de bola. Eu e meus irmãos queríamos jogar, mas ela dizia que primeiro tínhamos que ajudar no trabalho para, só então, poder correr atrás de bola. Aqui no interior é assim. Já é uma cultura que eles pegaram dos pais deles e transmitem para a gente. Por isso, íamos bem cedinho, fazíamos o que tínhamos que fazer e estávamos livres para jogar futebol."

 A trajetória no futebol foi acidentada. Destaque em peladas da região, foi chamado para jogar no Vitória de Santo Antão e no Central, nos quais atuou em categorias de base. Depois de três anos e nenhuma oportunidade no profissional da Patativa, Daniel desistiu. Tinha 19 anos, estava casado e precisava alimentar a primeira filha.
- Voltei para trabalhar no sítio, também trabalhei como garçom no Recife. Tinha desistido mesmo porque não via futuro. Não recebi nada no Central. Precisava dar de comer para minha família.
O destino pode ter virado, no entanto, neste ano. Como nunca deixou de bater peladas, com as quais ganhava dinheiro aos finais de semana e completava a renda de casa, Daniel foi chamado para jogar no Centro Limoeirense. Série A2 do Pernambucano.
Daniel sonha em dar uma vida melhor à família — Foto: Rômulo AlcoforadoDaniel sonha em dar uma vida melhor à família — Foto: Rômulo Alcoforado
Daniel sonha em dar uma vida melhor à família — Foto: Rômulo Alcoforado
Desta vez, a sorte sorriu. Chegou pouco conhecido, virou titular e hoje é artilheiro do time. Em boa fase, o atacante já marcou sete gols em nove jogos. É reponsável pela metade dos gols feitos da equipe. Está com moral com o treinador, João Alfredo.
- Daniel é um jogador que chama atenção. Vi ele atuando numa liga local aqui e chamei para jogar no Centro comigo. Ele é um atacante que tem uma qualidade de finalização nata e que se movimenta muito. Demos a oportunidade e ele está agarrando.

Um dos destaques da competição, Daniel vê a chance de mudar de vida. Deixar para trás o trabalho rural para, enfim, virar jogador profissional.
- Não escondo minhas raízes. Até já sofri brincadeiras por isso, por ser de sítio. Não tenho vergonha nenhuma. Estou batalhando pelo meu sonho.

Por Rômulo Alcoforado — Recife